O último torneio do calendário FGX de 2011, e também o último torneio da equipe do CXIFSul no ano, reuniu na cidade de Dois Irmãos, de 16 a 18 de dezembro de 2011, fortes enxadristas dos três estados da região sul do país. O torneio colocou várias coisas em jogo: ratings CBX e FIDE, 4 vagas para a semifinal do 79º Campeonato Brasileiro Absoluto de Xadrez 2012, além de R$ 4000,00 em prêmios. Infelizmente, o Regional Sul coincidiu com a III Copa das Nações, em Santana do Livramento, de forma que muitos enxadristas de considerável calibre optaram por jogar na fronteira, o que prejudicou um pouco o evento em Dois Irmãos. Mesmo assim, o nível da competição na serra foi memorável; basta citar as presenças do MF Luiz Ney Menna Barreto, MF Charles Gauche, a máquina gaúcha de xadrez Eduardo Munoa, Felipe Menna Barreto, Daniel Pertuzatti, dentre outros.
Na crescente campanha do CXIFSul em melhorar o nível de seus enxadristas, a participação da equipe em Dois Irmãos teve por objetivo tentar a constituição dos blocos de partidas para a formação dos ratings FIDE dos nossos enxadristas. Nossa equipe foi constituída por Roger Minks, Arthur Patroclo, Victor Timm, Bruno Teixeira, Gustavo Cardoso e Lucélia Vieira, liderados pelo Prof. Rony Soares Jr.. Minks, que já possuía 5 partidas feitas no IRT CXIFSul conseguiu mais 2 partidas, faltando agora apenas 2 para fechar seu rating. Além de Minks, todos os outros membros sem rating da equipe conseguiram fazer partidas, de forma que nosso objetivo foi alcançado. A formação total dos ratings é uma meta agora para 2012.
Além disso, obtivemos destaque nas categorias de menores, nossa especialidade. No Sub 18, Victor Timm, que fez um excelente ano nas competições, sagrou-se Campeão após vencer uma belíssima partida na última rodada sobre a promessa de Dois Irmãos, o jovem Antônio Costa Curta Jr.. Ainda no Sub 18, tivemos Roger Minks com o vice-campeonato. No Sub 16, Bruno Teixeira encerrou com ouro a sua notável ascensão de 2011, ficando Gustavo Cardoso com o 2º lugar.
Já é um consenso no Clube que as experiências de viagem sempre superam o Torneio, e dessa vez não foi diferente. Daniel Pertuzatti, que viajou de carona com a nossa equipe, parece não se convencer da necessidade de efetuar as inscrições com antecedência; de qualquer forma, o 9º lugar e R$ 100,00 na carteira acabaram por ser um excelente resultado para alguém que até 30 minutos antes da saída de Pelotas ainda sabia se iria ao Torneio. Os atrasos dos artistas mais uma vez se fizeram presentes: teve gente chegando com meia de atraso, toda escabelada e com uma mala estupidamente enorme (apesar de que tal mala mostrou-se um excelente apoio para os pés durante a viagem). Pela enésima vez, Rony esqueceu o GPS, mas o nosso saudoso Novack, exímio condutor, possui um GPS infalível: o bom e velho gogó.
O trânsito não os ajudou em nada. O congestionamento na saída de Porto Alegre era tamanho, que demoramos quase 1 hora da percorrer a distância entre a ponte do Guaíba e a entrada de Sapucaia do Sul. Foi uma grande surpresa conseguir chegar a tempo da primeira rodada. Na verdade isso só foi possível porque o torneio começou duas horas após o programado.
A primeira rodada, na sexta-feira à noite, e a segunda rodada, no sábado pela manhã, foram realizadas na Praça dos Imigrantes. Se desconsiderarmos o toldo de acrílico sob o qual foram montadas as mesas, podemos dizer que essas rodadas ocorreram ao ar livre. A idéia disso, segundo a organização, era divulgar o xadrez para a comunidade realizando o evento em local público. Sem dúvida a iniciativa foi louvável, mas infelizmente alguns pontos muito importantes foram desconsiderados. Por ser um local aberto, os enxadristas tiveram que suportar os ruídos típicos de uma cidade, como, por exemplo, o trânsito fluindo a aproximadamente de 20 metros das mesas. Música, pelo menos, não faltou! Com gêneros dos mais diversos, os carros passavam com o volume do som na estratosfera; haviam também músicas natalinas tocando em alto-falantes instalados nas árvores da praça; tinham ainda as músicas que provinham de um parque de diversões instalado atrás da praça. Foi um prato cheio para aqueles que preferem se concentrar em suas partidas em meio a variados efeitos sonoros. Talvez o item mais problemático tenha sido as instalações dos jogos na praça. Os enxadristas tiveram que passar sentados por horas em bancos sem encosto; um verdadeiro desafio para a coluna.
Em relação à idéia de divulgar o xadrez fazendo um torneio em local público, também há uma coisa que achamos dever ser observada. Talvez o ideal fosse realizar um Torneio de Xadrez Blitz, que sem dúvida chama mais a atenção. Da forma como foi feita, parece que se incentivou a errônea crença popular de que o xadrez é um jogo chato. Não podemos culpar as pessoas por acharem isso, pois tudo que elas viram foi uma procissão de gente pensando esporadicamente por horas em cima de um tabuleiro.
As outras rodadas foram realizadas em local bem mais propício. Foi em um salão silencioso perto da Praça dos Imigrantes, com acomodações dignas para jogar xadrez confortavelmente.
Na pousada em que ficamos instalados encontramos ótimas instalações por preços bem camaradas. Lucélia desfrutou sozinha de um dos quartos enquanto que os guris se amontoaram no outro, com Natanael Noronha fazendo compania para a equipe, além de Pertuzatti, é claro.
Foi na pousada que todos, cada um a seu modo, relaxaram dos estresses causados pelo torneio. Patroclo, fazendo defesa aos seus hábitos esquisitos, ensaiou estranhas técnicas de meditação zen e contagiou Natanael, que andava pelo salão de jogos praticando respiração relaxante. Victor, Gustavo e Bruno ficaram aflitos para conseguir instalar na TV do quarto o play station que levaram, acabaram tendo pouco tempo para jogar, e o fizeram em raríssimas ocasiões, na verdade sem a presença de Bruno, trancados no quarto (é o que alegam Victor e Gustavo, que disseram que estavam apenas jogando...). As demais marrecas utilizaram-se de um método bem mais tradicional, e normal, para relaxarem: o infalível cochilo!
Tirando os empecilhos já citados, e uma ou outra alegação de “peça tocada é peça jogada!”, o torneio transcorreu muito bem, e dentro de seus objetivos pode ser considerado um sucesso.
A viagem até serviu para revermos um velho filho do Clube de Xadrez Pelotense, Israel Kruger, que faz alguns anos que mora em Curitiba e estava jogando em Dois Irmãos. Israel pegou carona conosco até São Lourenço na volta, e foi o mediador do duelo “Patroclo VS Pertuzatti” em quem joga melhor as cegas, parte 1 e 2. Foi uma oportunidade nostálgica de relembrar outras eras do xadrez gaúcho, e como o Prof. Paulo Costa influenciou gerações de enxadristas em Pelotas – Urrg! São uns idiotas, tchê!
Por fim, como a burrice sempre tem um preço, Bruninho deixou um presente para Dois Irmãos: um belo par de tênis.
Confira aqui o Resultado Final do Torneio.
Patroclo e o inseparável caderninho de notas
Truco parte 1 (com Pertuzatti no meio)
Truco parte 2
Gustavo só observando
Em homenagem ao aniversário de Minks
Xadrez Gigante
Excelentes instalações
As três primeiras mesas (onde os Menna Barretos se instalaram confortavelmente)
Lucas Boff (de volta do Mundial da Juventude) VS André Gazola
Lucélia Vieira VS Armando Scharlau
Kruger maltrando crianças
Haja costas!
Munoa apavorando o jovem alemão
Victor Timm (comendo os dedos) VS Daniel Pertuzatti (rindo de sua vítima)
Rony: "Que cagada..." / Minks: "Me chamaram...?"
Uma hora para Patroclo se convencer do fatídico empate
As Marrecas ao sol
Maikon Diel e Gustavo Cardoso
Maikon Diel, Bruno Teixeira, Gustavo Cardoso e Rony Soares Jr.
Maikon Diel, Victor Timm, Roger Minks, Renan Figur e Rony Soares Jr.
"Gurizes, voces sao terriveis!!!.... Contra os insetos é claro!!" Paulo Costa
ResponderExcluirUma hora para se convencer do empate foi boa! kkkk
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