Clube de Xadrez IFSUL: Tabuleiro Viajante

O título tinha por objetivo ser um trocadilho. No passado existiam os caixeiros viajantes, e lembrei-me dessa vida de estrada quando vi Donay participar de dois torneios com quase mil e quinhentos quilômetros de distância um do outro num intervalo de pouco mais de uma semana - daí tabuleiro viajante. A comparação foi bem ruim, eu sei...

Mesmo assim, o registro das pernadas do meu ilustre companheiro de equipe pelas competições merece seu lugar nessa minha presente análise das atividades de início de ano no clube. Entre 09 e 12/02/2013 Donay esteve lutando, ou melhor, jogando o Campeonato Brasileiro Amador, no Clube de Xadrez de São Paulo-SP. Junto a ele haviam outros colegas gaúchos, como Daniel Pertuzatti e General Jorge Boabaid. Quanto ao desempenho deles... bem... pelo menos eles ficaram no primeiro terço da tabela final. Achei que finalmente conseguiria figurar na frente do Anderson na listagem de rating da FIDE, mas no final ele acabou abrindo vantagem. Felizmente, no Aberto do Brasil de Nova Petrópolis, realizado em 22 e 23/02/2013, Anderson, mais precisamente os adversários de Anderson, fizeram-me a gentileza de diminuir a diferença. Não, eu e Anderson Donay não nutrimos nenhum tipo de competição predatória um pelo outro. Ao final do texto há os links dos eventos citados.

No fim de semana de 23 e 24/02 aconteceu na praia do Laranjal nosso tradicional Torneio Praiano. Como já existe a postagem desse evento não dispensarei muito texto falando dele, apenas destaco a ilustre presenta do hexacampeão gaúcho Paulo Sérgio de Oliveira, a brilhante atuação de Bruno Teixeira que arrebatou o segundo lugar absoluto (ou adsoluto, segundo o troféu), e a surpresa com a vitória invicta de Arthur Patroclo. Além disso, extensivas congratulações a Caio Silva, que faturou a primeira edição do Torneio Praiano Escolar, realizado no domingo. Pena que o troféu de Caio sofreu lesões abruptas e precoces. Mas aprendeu-se a lição: nunca use seu troféu como martelo.

Depois, no começo de março o Rio Grande do Sul sediou o, em tese, principal evento enxadrístico do país, o Campeonato Brasileiro Absoluto de Xadrez. Com organização da FGX em parceria com a BR Xadrez (mesma organizadora do mencionado Aberto do Brasil de Nova Petrópolis), o evento realizado em Montenegro prometia, quando divulgado em janeiro, ser uma grande realização no Estado, já que eram previstas a participação dos principais GMs e MIs do país, algo normal em uma final de brasileiro. Infelizmente, por motivos adversos, o único Grande Mestre que competiu foi GM Krikor Mekhitarian. Além dele, os nenhum pouco bobos MI Roberto Molina, MI Yago Santiago, MI Evandro Barbosa e outros estiveram na disputa. Representando os gaúchos, Felipe Menna Barreto e MF Flávio Olivência competiram. Mesmo o torneio estando substancialmente mais desinteressante do que quando de sua divulgação inicial, a equipe do CXIFSUL enviou seus representantes para observarem os profissionais em ação (ou no caso do Krikor, ver a cabeça em explosão literal - foi uma partida difícil contra o Molina...). Rony, Bruno, Gustavo, Caio e eu passamos o dia observando pessoalmente a rodada do dia 02/03. A ideia era ser um passeio educativo, apesar de ainda não estar muito claro o que aprendemos (pelo menos o que aprendemos além das criativas e extravagantes comemorações de Gustavo jogando Crash na viagem de volta - é necessário cuidado com as bombas aquáticas!). Não foi de todo ruim, sem dúvida. Caio viu pessoalmente seu primeiro GM, ou melhor, viu pessoalmente um GM pela primeira vez. Na verdade, acho que ele poderia estar aqui escrevendo. Seria um bom comentarista de moda enxadrística, com ótima crítica ao estilo do MI Santiago.

Eu que acabei perdendo. Esqueci no hotel o adaptador de tomada da minha irmã, o que significa que terei que comprar outro. Culpa de quem?

Foi um começo de ano divertido, no mínimo. Esperamos ter bons resultados como ano passado. Encerrando este pequenino comentário, desejo a todos um bom ano de estudos (disciplina, hein?) e de conquistas nos torneios.

Abraço.

Roger Minks